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domingo, 10 de novembro de 2013

HISTÓRIA DA HUMANIDADE 1.





História da Humanidade
5.880 anos.
A linha do tempo traz os principais fatos e personagens da história da humanidade desde a invenção da escrita (aproximadamente 5.880 a.C.) até os dias de hoje.
Para pesquisar um período histório, basta escolher a época desejada na barra horizontal -dividida por séculos. Ao rolar a linha do tempo para baixo, os anos correm para o futuro. Rolando para cima, a linha retrocede no tempo.
Para saber mais sobre determinado acontecimento.
CIVILIZAÇÕES:
1) IMPÉRIO AFRICANO 4410 – 490 = 3920 AC CABEÇA
2) EGIPCIOS SAÁRA 3920 – 490 = 3430 AC PESCOÇO
3) SUMÉRIOS ANTIGOS 3920 – 490 = 3430 AC TRONCO
4) ACÁDIANA ANTIGA 3430 – 490 = 2940 AC BRAÇO DIR. (7)
5) ATLÂNTIDA ANTIGA 2940 – 490 = 2450 AC BRAÇO ESQ. (6)

6) AMORRITAS ANTIGOS 2450 – 490 =1960 AC ABDOMEM (5)

7) ASSIRIOS ANTIGOS 1960 – 490 = 1470 AC COXA DIR. (4)

8) EGIPCIOS NOVO 1470 – 490 = 980 AC COXA ESQ. (3)

9) CALDEUS (BABILÔNIA) 980 – 490 = 490 AC PERNA DIR. (2)

10) MEDOS-PERSAS/GREGO/ROMANO 490 – 490 =0 DC PERNA ESQ. (1)



0
VIDA
VIDA
NOME
NOME
NASCIMENTO
NASCIMENTO
PAI
PAI
IDADE
IDADE
MORTE
MORTE
1
930 ANOS
ADÃO
4380 AC
4250 AC
130 ANOS
3450 AC
1
4410 AC
ADÃO HOMEM
JARDIM EDEM
EVA
MÃE
MULHER














01
CAIM
FILHO DE
ADÃO E EVA
PORTA
EDEM
VIVO**
01
ABEL
FILHO DE
ADÃO E EVA
PORTA
EDEM
MORTO














02
ENOQUE
FILHO DE
CAIM
NODE
ORIENTE
CIDADE














2
912 ANOS
SETE
4250 AC
4145 AC
105 ANOS
3338 AC














03
IRADE
FILHO DE
ENOQUE
NETO
DE CAIM
NODE














3
905 ANOS
ENOS
4145 AC
4055 AC
90 ANOS
3240 AC














04
MEUJAEL
FILHO DE
IRADE
BISNETO
DE CAIM
NODE














4
910 ANOS
CAINÃ
4055 AC
3985 AC
70 ANOS
3145 AC














05
NETUSAEL
FILHO DE
MEUJAEL
TRINETO
DE CAIM
NODE














5
895 ANOS
MALALEL
3985 AC
3920 AC
65 ANOS
3090 AC














06
LAMEQUE
FILHO DE
METUSAEL
QUADRINET
DE CAIM
NODE














6
962 ANOS
JAREDE
3920 AC
3758 AC
162 ANOS
2958 AC














07
JABAL
JUBAL FILHO
DE ADA
QUINTINET
DE CAIM
NODE
07
TUBALCAIM
NOEMA FILHO
DE ZILÁ
QUINTINET
DE CAIM
NODE














7
365 ANOS
ENOQUE
3758 AC
3693 AC
65 ANOS
3393 AC
---
=========
============
--------------------
=======
=========
------------
07
ENOQUE
ARREBATA--
MENTO
7 ANOS
3400 AC
3393 AC














8
969 ANOS
MATUSALÉM
3693 AC
3506 AC
187 ANOS
2724 AC














9
777 ANOS
LAMEQUE
3506 AC
3324 AC
182 ANOS
2729 AC














10
950 ANOS
NOÉ
3324 AC
2822 AC
500 ANOS
2374 AC
10
NOÉ 500
ANOS QDO
TEVE O
2724 AC
DILUVIO
CHUVAS
10
SEM 2822
JAFTÉ 2824AC
CÃO 2820AC
FILHOS
NOÉ
3 TRÊS
---
----------------
============
============
=======
-----------------
-------------
**
3393 – 2724
DILUVIO
ARCA DE NOÉ
2724 AC
669 ANOS
*669*














11
600 ANOS
SEM ***
2822 AC
2722 AC
100 ANOS
2222 AC














12
438 ANOS
ARPACHADE
2722 AC
2687 AC
35 ANOS
2284 AC














13
433 ANOS
SELÁ
2687 AC
2657 AC
30 ANOS
2254 AC














14
464 ANOS
EBER
2657 AC
2623 AC
34 ANOS
2193 AC














15
239 ANOS
PELEQUE
2623 AC
2593 AC
30 ANOS
2384 AC














16
239 ANOS
REÚ
2593 AC
2561 AC
32 ANOS
2354 AC














17
230 ANOS
SERUGUE
2561 AC
2531 AC
30 ANOS
2331 AC














18
148 ANOS
NAOR
2531 AC
2502 AC
29 ANOS
2383 AC














19
205 ANOS
TERÁ
2502 AC
2372 AC
130 ANOS
2297 AC














20
Hebreu
ABRÃAO
HEBROM
GUERRA
2290 AC
ELÃO**
20
ABRÃAO
2372 AC
2297 AC ***
HARÃ
CANÃA***
75 ANOS
20
ABRÃAO
EGITO
2297 A 2294 AC
FOME
3,5 ANOS
CANÃA
20
175 ANOS
ABRAÃO
2372 AC
2272 AC
100 ANOS
2197 AC
20
2298 AC
ABRAÃO SAI
DE UR OU DE
HARÃ
SIRIA
LABÃO
20
ABRAÃO
COM 75 ANOS
SARA 65 ANOS
SARA
 *2362 AC
+2235 AC
20
SARA
127 ANOS
MÃE DE ISSAC
ISSAC
37 ANOS
MORREU














**
2724 AC -
490 = 2234 AC
2234 AC – 490 =
1744 AC
AMORREUS
















21
180 ANOS
ISAAC
2272 AC
2212 AC
60 ANOS
2092 AC














22
147 ANOS
JACÓ
2212 AC
2120 AC
92 ANOS
2065 AC














23
137 ANOS
LEVI
2139 AC
2002 AC


2002 AC
23
110 ANOS
JOSÉ
2120 AC
2082 AC
38 ANOS
2010 AC














24
133 ANOS
COATE
2002 AC
1869 AC


1869 AC
24
137 ANOS
MANASSÉS
2090 AC
2060 AC
30 ANOS
1953 AC
24
130 ANOS
EFRAIM
2082 AC
2052 AC
30 ANOS
1952 AC














25
137 ANOS
ANRÃO
1869 AC
1732 AC


1732 AC
25
133 ANOS
MAQUIR
2060 AC
2010 AC
50 ANOS
1927 AC
25
137 ANOS
SUTELÁ
2052 AC
2002 AC
50 ANOS
1915 AC














26
DAÍDA DO
EGITO POR
MOISÉS
1652 AC
80 ANOS
FARAÓ














26
80 ANOS
MOISÉS
1732 AC
1652 AC
80 ANOS
1652 AC
26
137 ANOS
GILEADE
2010 AC
1950 AC
60 ANOS
1873 AC
26
140 ANOS
ERÃ
2002 AC
1948 AC
54 ANOS
1862 AC














27
40 ANOS
CANAÃ
1612 AC
MORTE
DE MOISÉS
1612 AC
27
140 ANOS
IEZER
1950 AC
1900 AC
50 ANOS
1810 AC
27
110 ANOS
JOSUÉ
1692 AC
1632 AC
60 ANOS
1582 AC














27
110 ANOS
JOSUÉ
1612 ENTRA
EM
CANAÃ
1612 AC
27
30 ANOS
JOSUE JUIZ
1582 AC
MORTE
DE JOSUÉ
1582 AC














01
30 ANOS
JUIZES
1612 AC
1582 AC
JOSUÉ
















02
SIRIA
8 ANOS
1582 AC
1574 AC
CATIVO
















03
OTNIEL
40 ANOS
1574 AC
1534 AC
LIVRE
















04
EGLOM
18 ANOS
1534 AC
1516 AC
CATIVO
















05
EUDE
80 ANOS
1516 AC
1436 AC
LIVRE
















06
JABIM
20 ANOS
1436 AC
1416 AC
CATIVO
















07
BARAQUE
40 ANOS
1416 AC
1376 AC
LIVRE
















08
MIDIÃ
7 ANOS
1376 AC
1369 AC
CATIVO
















09
GEDEÃO
40 ANOS
1369 AC
1329 AC
LIVRE
















10
ABIMELEQUE
3 ANOS
1329 AC
1326 AC
CATIVO
















11
TOLA
23 ANOS
1326 AC
1303 AC
LIVRE
















12
JAIR
22 ANOS
1303 AC
1281 AC
LIVRE
















13
FILISTEUS
18 ANOS
1281 AC
1263 AC
CATIVO
















14
JEFTÉ
6 ANOS
1263 AC
1257 AC
LIVRE
















15
EBSÃ
7 ANOS
1257 AC
1250 AC
LIVRE
















16
ELOM
10 ANOS
1250 AC
1240 AC
LIVRE
















17
ABDOM
8 ANOS
1240 AC
1232 AC
LIVRE
















18
FILISTEUS
40 ANOS
1232 AC
1192 AC
CATIVO
















19
SANSÃO
20 ANOS
1192 AC
1172 AC
LIVRE
















20
ELI
40 ANOS
1172 AC
1132 AC
LIVRE
















22
SAMUEL
40 ANOS
1132 AC
1092 AC
LIVRE




















REIS DE
ISRAEL




















01
SAUL
40 ANOS
1092 AC
1052 AC
LUTAS
















02
DAVID
40 ANOS
1052 AC
1012 AC
LIVRE
















03
SALOMÃO
40 ANOS
1012 AC
972 AC
PROSPERO
















04
ROBOÃO
17 ANOS
972 AC
955 AC
LUTAS




















DIVISÃO
DO REINO










REINO DE
JUDÁ






05
ABIÃO
3 ANOS
955 AC
952 AC
LUTAS
















06
ASA
41 ANOS
952 AC
911 AC
LIVRE
















07
JOSAFÁ
25 ANOS
911 AC
886 AC
LIVRE
















08
JEORÃO
8 ANOS
886 AC
878 AC
LUTAS
















09
ACAZIAS
1 ANO
878 AC
877 AC
LUTAS


10
ATALIA
6 ANOS
877 AC
871 AC
LUTAS
















11
JOAS
40 ANOS
871 AC
831 AC
LIVRE
















12
AMAZIAS
29 ANOS
831 AC
802 AC
LUTAS
















13
UZIAS
52 ANOS
802 AC
750 AC
LIVRE
















14
JOTÃO
16 ANOS
750 AC
734 AC
LUTAS
















15
ACAZ
16 ANOS
734 AC
718 AC
LUTAS
















16
EZEQUIAS
29 ANOS
718 AC
689 AC
LUTAS
















17
MANASSÉS
55 ANOS
689 AC
634 AC
LUTAS
















18
AMOM
2 ANOS
634 AC
632 AC
LUTAS
















19
JOSIAS
31 ANOS
632 AC
601 AC
LUTAS
















20
JEOACAZ
2 MESES
601 AC
601 AC
LUTAS
















21
JEOIAQUIM
11 ANOS
601 AC
590 AC
LUTAS
















22
JECONIAS
3 MESES
590 AC
590 AC
LUTAS
















23
ZEDEQUIAS
11 ANOS
590 AC
579 AC
CATIVO
586 AC














**
608 AC
CATIVEIRO
BABILÔNIA
70
ANOS
538 AC














01
POVO
70 ANOS
608 AC
538 AC
CATIVO


02
CIDADE
70 ANOS
538 AC
468 AC
CATIVO


03
TEMPLO
7 ANOS
468 AC
461 AC
CATIVO


04
TERRA
P/C/T=TERRA
461 AC
30 DC
LIVRE
JESUS




SALVADOR
JESUS CRISTO
JCS






















REINO DE
ISRAEL






01
JEROBOÃO
22 ANOS
972 AC
950 AC
LIVRE


02
NADABE
2 ANOS
950 AC
948 AC
LUTAS


03
BAASA
24 ANOS
948 AC
924 AC
LUTAS


04
ELÁ
2 ANOS
924 AC
922 AC
LUTAS


05
ZINRI
7 DIAS
922 AC
922AC
LUTAS


06
ONRI
12 ANOS
922 AC
910 AC
LUTAS


07
ACABE
32 ANOS
910 AC
888 AC
LUTAS


08
ACAZIAS
2 ANOS
888 AC
886 AC
LUTAS


09
JORÃO
12 ANOS
886 AC
874 AC
LUTAS


10
JÉU
28 ANOS
875 AC
847 AC
LIVRE


11
JEOACAZ
17 ANOS
847 AC
830 AC
LUTAS


12
JEOAS
16 ANOS
830 AC
814 AC
LUTAS


13
JEROBOÃO II
41 ANOS
814 AC
773 AC
LIVRE


14
ZACARIAS
6 MESES
773 AC
773 AC
LUTAS


15
SALUM
1 MES
773 AC
773 AC
LUTAS


16
MENAÉM
10 ANOS
773 AC
763 AC
LUTAS


17
PECAIAS
2 ANOS
763 AC
761 AC
LUTAS


18
PECA
20 ANOS
761 AC
741 AC
LUTAS


19
OSÉIAS
9 ANOS
741 AC
732 AC
CATIVO.

















*18  E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao SENHOR.

**13 Então disse a Abrão: Sabes, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos,
14  Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza.
15  E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado.
1) 2724 – 490 = 2.234 AC   
2) 2.234 – 490 = 1.744 AC  
3) 1.744 – 490 = 1.254 AC
4) 1.254 – 490 = 764 AC
5) 764 AC – 490 = 274 AC
6) 70 X 3 = 210    POVO
7) 10 X 3 = 30 TEMPLO
8) 33 ANOS O SALVADOR JESUS CRISTO.


***Quando Issac tinha 50 anos , foi quando ocorreu a morte de Sem, acho que ele é o sacerdote MELQUISEDEQUE DA BIBLIA.

E a Sem nasceram filhos, e ele é o pai de todos os filhos de Eber, o irmäo mais velho de Jafé.
22  Os filhos de Sem säo: Eläo, Assur, Arfaxade, Lude e Arä.
23  E os filhos de Arä säo: Uz, Hul, Geter e Más.
24  E Arfaxade gerou a Selá; e Selá gerou a Éber.
25  E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra, e o nome do seu irmäo foi Joctä.
26  E Joctä gerou a Almodá, a Selefe, a Hazarmavé, a Jerá,
27  A Hadoräo, a Usal, a Dicla,
28  A Obal, a Abimael, a Sebá,
29  A Ofir, a Havilá e a Jobabe; todos estes foram filhos de Joctä.
30  E foi a sua habitaçäo desde Messa, indo para Sefar, montanha do oriente.
31  Estes säo os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, nas suas terras, segundo as suas naçöes.
32  Estas säo as famílias dos filhos de Noé segundo as suas geraçöes, nas suas naçöes; e destes foram divididas as naçöes na terra depois do dilúvio.

10 Estas säo as geraçöes de Sem: Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio.
11  E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade, quinhentos anos, e gerou filhos e filhas.

12  E viveu Arfaxade trinta e cinco anos, e gerou a Selá.
13  E viveu Arfaxade depois que gerou a Selá, quatrocentos e três anos, e gerou filhos e filhas.
14  E viveu Selá trinta anos, e gerou a Éber;
15  E viveu Selá, depois que gerou a Éber, quatrocentos e três anos, e gerou filhos e filhas.
16  E viveu Éber trinta e quatro anos, e gerou a Pelegue.
17  E viveu Éber, depois que gerou a Pelegue, quatrocentos e trinta anos, e gerou filhos e filhas.
18  E viveu Pelegue trinta anos, e gerou a Reú.
19  E viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzentos e nove anos, e gerou filhos e filhas.
20  E viveu Reú trinta e dois anos, e gerou a Serugue.
21  E viveu Reú, depois que gerou a Serugue, duzentos e sete anos, e gerou filhos e filhas.
22  E viveu Serugue trinta anos, e gerou a Naor.
23  E viveu Serugue, depois que gerou a Naor, duzentos anos, e gerou filhos e filhas.
24  E viveu Naor vinte e nove anos, e gerou a Terá.
25  E viveu Naor, depois que gerou a Terá, cento e dezenove anos, e gerou filhos e filhas.
26  E viveu Terá setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor, e a Harä.
27 E estas säo as geraçöes de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harä; e Harä gerou a Ló.
28  E morreu Harä estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.
29  E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harä, pai de Milca e pai de Iscá.
30  E Sarai foi estéril, não tinha filhos.
31  E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harä, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harä, e habitaram ali.
32  E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harä.

Capitulo 12
1Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2  E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma benção.
3  E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4  Assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harä.
5  E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmäo, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harä; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.
6  E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra.
7  E apareceu-o SENHOR-a Abrão, e disse: Å tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.
8  E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao SENHOR, e invocou o nome do SENHOR.
9  Depois caminhou Abrão dali, seguindo ainda para o lado do sul.
10  E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra.
11  E aconteceu que, chegando ele para entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista;
12  E será que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-äo a mim, e a ti te guardarão em vida.
13  Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti.
14  E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios a mulher, que era mui formosa.
15  E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa de Faraó.
16  E fez bem a Abrão por amor dela; e ele teve ovelhas, vacas, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos.
17  Feriu, porém, o SENHOR a Faraó e a sua casa, com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.
18  Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua mulher?
19  Por que disseste: É minha irmã? Por isso a tomei por minha mulher; agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te.
20  E Faraó deu ordens aos seus homens a respeito dele; e acompanharam-no, a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha.

*O cativeiro do povo de Israel começou em 2082 AC e terminou em 1652 AC, isto é 430 anos de cativeiro.

5.880 anos de história da humanidade.
A linha do tempo traz os principais fatos e personagens da história da humanidade. Capitulo 10
1  Estas, pois, säo as geraçöes dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio.
2  Os filhos de Jafé säo: Gomer, Magogue, Madai, Javä, Tubal, Meseque e Tiras.
3  E os filhos de Gomer säo: Asquenaz, Rifate e Togarma.
4  E os filhos de Java säo: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim.
5  Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas naçöes.
6  E os filhos de Cão säo: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã.
7  E os filhos de Cuxe säo: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá: Sebá e Dedä.
8  E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra.
9  E este foi poderoso caçador diante da face do SENHOR; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR.
10  E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.
11  Desta mesma terra saiu à Assíria e edificou a Nínive, Reobote-Ir, Calá,
12  E Resen, entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).
13  E Mizraim gerou a Ludim, a Anamim, a Leabim, a Naftuim,
14  A Patrusim e a Casluim (donde saíram os filisteus) e a Caftorim.
15  E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete;
16  E ao jebuseu, ao amorreu, ao girgaseu,
17  E ao heveu, ao arqueu, ao sineu,
18  E ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus.
19  E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.
20  Estes säo os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas naçöes.
21  E a Sem nasceram filhos, e ele é o pai de todos os filhos de Eber, o irmäo mais velho de Jafé.
22  Os filhos de Sem säo: Eläo, Assur, Arfaxade, Lude e Arä.
23  E os filhos de Arä säo: Uz, Hul, Geter e Más.
24  E Arfaxade gerou a Selá; e Selá gerou a Éber.
25  E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra, e o nome do seu irmäo foi Joctä.
26  E Joctä gerou a Almodá, a Selefe, a Hazarmavé, a Jerá,
27  A Hadoräo, a Usal, a Dicla,
28  A Obal, a Abimael, a Sebá,
29  A Ofir, a Havilá e a Jobabe; todos estes foram filhos de Joctä.
30  E foi a sua habitaçäo desde Messa, indo para Sefar, montanha do oriente.
31  Estes säo os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, nas suas terras, segundo as suas naçöes.
32  Estas säo as famílias dos filhos de Noé segundo as suas geraçöes, nas suas naçöes; e destes foram divididas as naçöes na terra depois do dilúvio.

Desde a invenção da escrita (aproximadamente 5880ªA.C Até os dias de hoje).
HEBREUS, GREGOS E FENÍCIOS  PRIMEIRA PARTE: OS PRIMÓRDIOS
Extraído de Arthur Franco, A IDADE DAS LUZES, WODAN, 1997, P. Alegre, Brasil
2950 a.C. - Fo-Hi, um dos grandes iniciados hindus, é encarregado de levar a reforma espiritual à China. Continuando o trabalho de Krishna e sendo integrante do chamado Conselho dos Deuses, Fo-hi adapta a sabedoria de Krishna à cultura chinesa. Sua característica é mais prática que purista, do ponto de vista espiritual. Sua obra monumental foi feita em 5 livros, inteligíveis apenas para os que realmente foram iniciados nas suas origens. Adotando o nome de Reis, assim como fez a Bíblia, tornaram-se ao mesmo tempo populares pelas qualidades adivinhatórias, sempre acessíveis ao interesse do vulgo. Os Kings ou Chings são: I-Ching, Chu-Ching, Chi-Ching, Li-Ching e Yo-Ching. O primeiro se tornou mais conhecido, baseado nas leis cósmicas, serviu de modelo e inspiração a futuros filósofos chineses. A qualidade profética e popular da obra foi uma versão chinesa das profecias délficas e sibilinas, dos vários Tarots e das atuais cartas do baralho, perpetuando os mistérios na mente popular.
2900 a.C. - Segundo os historiadores antigos, a cidade de Sidon, na Fenícia, remontaria a esta data.
2900-2500 a.C. - Período de Uruk, a mais poderosa cidade suméria. A fundação de Uruk é magnificamente retratada no poema babilônico A Ascensão de Ichtar. Durante uma assembléia de deuses Anu (o Céu), que estava eufórico, deu a Ichtar (Inanna) preciosos vestidos e colares, além de "Forças Divinas". Inanna vem de E-anna, que significa "Casa Celeste", numa clara alusão à Casa - manifestação material do Signo, a contraparte feminina do Pai, a Mãe. Anu diz que "Graças ao meu Poder quero dar a Ichtar, à minha filha pura, o domínio, a divina Essência e a Coroa; quero dar-lhe o Trono real, o alto cetro, o sublime templo". Ichtar, a pura, aceitou tudo. Recuperado da embriaguez, Anu tentou por todos os meios retomar os bens, mas Ichtar, defendendo-os habilmente, instalou-se em seu novo templo, em Uruk. Lá construiu um templo a Dumuzi, seu amante (na verdade Dumuzi-Apsu ou o "Filho Legítimo de Apsu").

Apsu é a personificação do Abismo, do Caos Primordial. Segundo a lenda, Dumuzi era um valente rapaz que um dia, ao afundar com seu barco, desceu ao inferno. Lá chegando, os espíritos o detiveram como prisioneiro. Neste episódio desenrola-se um dos mais belos poemas babilônicos: A Descida de Ichtar aos Infernos. Quando Ichtar vê que raptaram seu amante, vai desesperada e agressivamente bater no portal dos infernos para resgatá-lo, em Arallu, a cidade dos mortos. Vai ter com Erechquigal, sua irmã e rainha dos infernos. Ela deixa Ichtar passar mas, atendo-se às normas, desde a primeira "porta-dupla" vai despojando Ichtar de todas as suas vestes: primeiro a coroa, depois os brincos, o colar, o peitoral, a cinta, os braceletes e por último, na sétima porta dupla, a veste. Como todos os que se apresentam à rainha, Ichtar vai completamente nua. Elas brigam e a rainha arremessa Ichtar às sessenta doenças.
Enquanto isso, na terra, com o desaparecimento de Deusa da Fertilidade, a vida amorosa extinguiu-se totalmente. Os animais não se acasalaram, os homens não procuram a esposa nem a amante. Pela intercessão de Ea (ou Enquil), deus da Terra, que tinha certa jurisdição sobre o subsolo, Erechquigal decide libertar Ichtar aspergindo-lhe a "Água da Vida", curando-a dos males e devolvendo-a a Uruk com todos os adereços originais. Seu amante consegue permissão para retornar, mas Ichtar deve, a cada verão, quando o grão é ceifado, deixar Dumuzi ser levado por sete demônios, que o levam a Arallu até a próxima primavera. Dumuzi tornou-se o popular "Senhor dos recintos e dos rebanhos". Todo o ano representações da saga eram feitas pelo povo, com o retorno de Dumuzi ao tálamo adornado, situado no E-anna. A cerimônia era representada pelo rei (Dumuzi) e pela Grande Sacerdotisa (Inanna), celebrando o início da primavera, o ano novo sumério. Este mito propagou-se pelos hebreus e pelos gregos, onde o trono de Adônis era disputado por Vênus e Prosérpina.
O CULTO A ICHTAR E OS BENJAMITAS
É muito importante termos em conta esta lenda para entendermos a destruição da tribo de Benjamim 1500 anos depois. A destruição dos cultos à Mãe, com o monoteísmo patriarcal, não poderia ter ocorrido sem que se torna-se estéril a criação. Na profundidade, esta narrativa representa a vinda do Messias Moisés (Marte) e a necessidade de permanência dos cultos à Mãe (Vênus).

A lenda de Ichtar e da saga hebraica dos benjamitas está repleta de alusões à relação feminino-venusina, seja pela sua designação como Casa do Céu (a Casa é a Mãe e o Céu é o Pai), pelas 60 pragas (6 é o número superior de Vênus), os 7 demônios (7 é o número alquímico de Vênus), pelos 600 Benjamitas que sobreviverão, mas que não podiam ter filhos. Significa que Marte sempre deve estar associado a Vênus, sob o risco da esterilidade da terra e da vida como um todo. Nos signos esta representação é feita pela associação de signos opostos, segundo a analogia e harmonia dos contrários. Aries e Escorpião (regidos por Marte) tem por signos opostos Libra e Touro (regidos por Vênus), respectivamente. Assim Moisés (filho de Marte) trouxe a lei hebraica para ser equilibrada e completada por Jesus (filho de Vênus). Moisés sabia disso quando deu sua bênção aos filhos de Israel:
"Disse também a Benjamim: o muito amado do Senhor habitará nele confiadamente: morará como em tálamo nupcial todo o dia, e descansará entre seus braços." (Deuteronômio 33:12)
Este desígnio foi esquecido por Israel quando as onze tribos se juntaram para acabar com a tribo de Benjamim, proibindo as mulheres de casar com seus filhos (vide ano 1150 a.C.). Justamente a eles, os benjamitas de longos cabelos, será confiada Jerusalém, a Casa, a Mãe, sede do Altíssimo, representada pelo Templo.
2750 a.C. - Período em torno do qual deve ter reinado o lendário Guilgamesh, rei de Uruk que inspirou o famoso épico que leva seu nome. É retratado como o quinto rei de Uruk, sucedendo aos míticos Lugalbanda e Dumuzi. Deve ter vivido cerca de 126 anos, pela genealogia. Na Epopéia de Guilgamesh é relatado um dilúvio, que bem pode ser situado em 4000 a.C., segundo as evidências geológicas.
2720 a.C. - Segundo Heródoto, Tiro (a bíblica Filha de Sidon) remonta a esta época.
2550-2250 a.C. - Período de Tróia II, quando então serviu de residência real. Foi um dos primeiros lugares onde existiu o trabalho em bronze, ouro e prata em grandes quantidades. Pelo visto, parte do tesouro encontrado por Schliemann em 1873 pertencia a esta época. Supunha-se, inicialmente, que fossem de Príamo os mais de 12 mil objetos de ouro, jóias, colares, alfinetes e vasos encontrados. Com o final da Segunda Grande Guerra, em 1945, estes objetos foram parar em Moscou. A famosa cidade mítica da Ilíada de Homero estava situada 3m acima nas escavações, tendo sua construção estimada em torno de 1700 a.C.. Era a maior e mais suntuosa de todas as descobertas até então.
2500 a.C. - Registro dos primeiros cretenses na Ilha de Creta. Suas origens ainda nos são desconhecidas. Os Minóicos adoravam uma deusa-mãe, cujo símbolo era o machado com dois gumes, chamado labrys. Seu nome lembra a lenda de Teseu e o Minotaurus, o Touro (símbolo da Mãe Terra) de Minos. De acordo com a lenda, Daedalus construiu o labirinto para Minos para abrigar o Minotaurus devorador de homens. Depois da conquista, os gregos absorveram essas lendas.
2500 a.C. - Evidências arqueológicas reconhecem, no vale do Indo, uma civilização urbana comparável à do Egito e Mesopotâmia nesta época, principalmente em Harappa e Mohenjo-Daro.

2350 a 2250 a.C. - Período da civilização de Ebla, descoberta em 1968 por arqueólogos italianos em Tell Mardikh, ao sul de Alepo, na Síria. Escritos datando desta era foram encontrados nos arquivos do palácio, em escrita cuneiforme adaptada à escrita eblaíta, em vias de ser decifrada. Os textos têm equivalência de termos sumerianos, tal qual a Pedra da Roseta. Ebla, estima-se, deve ter tido uma população de 20 a 30 mil habitantes, muito grande para a época. Foi vassala de Alepo até 1600 a.C., quando capitulou ante os hititas de Hatusil I e Mursil I. Inscrições sumérias e acádicas do terceiro milênio a.C. referem-se a Ebla como poderosa e próspera. Segundo elas, Ebla teria sido dominada entre 2340-2300 por Sargão, de Acádia, e mais tarde por seu neto, Naram-Sin, em 2250-2220.
2300 a 2000 a.C. - Muitos assentamentos na Grécia são destruídos, parece, por invasores da Anatólia falando uma linguagem que, provavelmente, se tornou o grego. 2100 - Segundo os antigos, época do reino de Belo. Segundo a história, Belo foi estabelecer uma colônia na Babilônia, levando consigo o sacerdócio ao modo dos egípcios. Ele nascera de Líbia e de Netuno, isto é, filho de uma africana e de um habitante vindo do mar. O culto de Belo, Bel ou Baal estava no princípio identificado ao deus Sol, à semelhança da cultura americana. 2100a1600 - A população grega recupera-se gradualmente, em grupos e instituições culturais. No final do período Micenas era um estado próspero e poderoso, comandando uma fértil planície no sul da Grécia, familiarizados com o cavalo embora sem montá-lo, e comercializando com os Cicládicos e com Creta.
A história da Grécia Antiga começa entre 1900 e 1600 a.C.. Neste tempo, os Gregos ou Helenos, como chamavam a si mesmos, eram simples pastores nômades. Sua linguagem mostra que pertenciam a um braço dos povos indo-europeus. Vindos de campos a leste do mar Cáspio, mandavam seus rebanhos e manadas à sua frente. Entraram na península pelo norte, grupo após grupo.
OS AQUEANOS DE CABELOS LONGOS E AS TRIBOS SEMITAS
Os primeiros invasores foram os Aqueanos de cabelos longos, sobre os quais falou Homero. Ora, aqui vemos um precursor do que ocorreria com os Benjamitas: a fuga de uma tribo de Israel para a região da Grécia. Sabemos que a tribo Dan era afeita ao mar e às grandes viagens. As notícias de que teriam iniciado o culto da Deusa sob a forma de Danna ou Diana tem ainda mais fundamento quando sabemos que este povo, os Aqueanos, se confundem muito com a tribo de Dan. Em primeiro lugar, à semelhança dos Aqueanos, os da tribo de Dan eram conhecidos pelos seus cabelos longos. Seu mais famoso filho foi Sansão, cuja poderosa força advinha dos cabelos. Os livros bíblicos do Macabeus, I e II, mostram inequivocamente a ligação muito antiga dos judeus com os gregos de Esparta. Os espartanos, chamados na Bíblia pela denominação de Homero Lacedemônios, receberam uma embaixada judia e corresponderam-se com Jônatas, governante da Judéia de 160 a 143 a.C.. Seu governante, Ario, referiu-se assim aos antigos laços entre Esparta e a Judéia:

"Ario, rei dos Espartanos, ao sumo sacerdote Onias, saúde. Achou-se aqui uma escritura sobre os espartanos e os judeus que eles são irmãos, e que todos vêm da linhagem de Abraão." (Macabeus I, 12:20-21)
Além disso, como nos lembra Thucydides na sua "Guerra do Peloponeso":
"Antes da guerra de Tróia não há qualquer indicação de ação comum em Hellas, nem mesmo na prevalência do nome; ao contrário, antes do tempo de Helena, filha de Deucalion, nenhum nome desses existia, e o país adotou os nomes das diferentes tribos, em particular os Pelásgicos. Não foi senão até que Helena e seus filhos crescessem fortes em Phthiotis, e fossem convidados como aliados nas outras cidades, que um por um eles gradualmente adquiriram a conexão com o nome de Helenos; levou um longo tempo até que o nome se fixasse sobre os outros. A melhor prova disso é fornecida por Homero. Nascido muito depois da guerra de Tróia, ele em nenhum lugar chama a todos eles pelo nome, nem mesmo qualquer um deles, exceto os seguidores de Achilles de Phthiotis, que eram os Helenos originais. Em seus poemas eles são chamados Danaans, Argives, e Achaeans." (Thucydides, The Peloponnesian War, Book I, I.3, Enc. Britannica, 1952, pp. 349-350)
A capital dos Aqueanos era Micenas. Os dóricos vieram talvez três ou quatro séculos depois (1600-1500), subjugando seus parentes Aqueanos. Outras tribos, como os Aeolianos e Ionianos, fixaram residência principalmente nas ilhas do Mar Egeu e costa da Ásia Menor. Essas terras que eles invadiram pertenciam à desenvolvida civilização Minóica, subjugada definitivamente em 1450 a.C..
Os Gregos invasores ainda estavam no estado bárbaro, saqueando e destruindo as cidades Egéias. Gradualmente, à medida que foram se casando com a população local foram absorvendo e desenvolvendo sua cultura.

Separados por barreiras de mar e montanhas, por orgulhos e invejas, as várias cidades-estado independentes nunca conceberam a idéia de unidade num mundo grego sob uma única unidade política. Formaram alianças apenas quando alguma cidade-estado poderosa embarcava numa ação de conquista e tentava fazer de si mesma senhora do restante. Muitas influências contribuíram para a unidade lingüística, uma religião comum, literatura comum, costumes similares, ligas religiosas, festivais e os Jogos Olímpicos, mas mesmo em tempos de invasão estrangeira era difícil induzir as cidades a agir conjuntamente.
Os micênicos adoravam os conhecidos deuses do Olimpo. Dentre todas as deusas, nenhuma era mais amplamente venerada que Afrodite, a deusa do amor. Os Romanos a chamavam Vênus. Na "Ilíada" de Homero, Afrodite era filha de Zeus e Dione, uma deusa Titã. Outras histórias contam como ela se expandiu, cresceu da espuma do mar próximo da ilha Cythera. Aphros, em grego, significa "espuma". De lá Zephyrus, o vento ocidental, carregou-a gentilmente numa concha até Chipre, que era sempre vista como seu lar real. Lá as Horas a encontraram, vestiram-na e trouxeram-na até os deuses. Todo deus, inclusive Zeus, desejava essa bela e dourada deusa como sua esposa. Afrodite orgulhava-se em rejeitá-los. Para puni-la, Zeus entregou-a a Hephaestus (Vulcano na mitologia romana), o coxo e feio deus da forja. Esse artesão de bom coração construiu para ela um esplêndido palácio em Chipre. Afrodite logo deixou-o por Ares (Marte), o belo deus da guerra. Um de seus filhos foi Eros (Cupido), o alado deus do amor.
2000 a.C. - É construído o palácio de Knossos, em Creta. Nos próximos 300 anos serão construídos os palácios de Zakro, Mallia e Phaistos, marcando o nascimento dos primeiros estados cretenses. Não se sabe a época em que viveu o lendário rei Minos, mas pode-se situá-lo nesta época da construção dos grandes templos.
OS CÁRIOS NA EUROPA E NA AMÉRICA
Contemporâneo a Minos temos um povo muito intrigante, os Cários. A Cária era um país situado na Anatólia, a sudeste da Europa, em cujo litoral estavam as famosas cidades de Halicarnassus e Mileto. Halicarnassus era o local do famoso mausoléu que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Mileto era cidade natal do famoso Thalkes, de origem fenícia. Próximo ficava Rhodes, também sede de uma das sete maravilhas, o famoso Colosso. Heródoto nos descreve a importância real da Cária no passado:

"Os Cários eram uma raça que veio para o continente a partir das ilhas. Nos tempos antigos estavam sujeitos ao rei Minos, e o foram pelo nome de Leleges, residindo nas ilhas e, tão longe quanto pude ir em minhas pesquisas, nunca sujeitos a prestar tributo a qualquer homem. Eles serviram a bordo dos barcos do rei Minos quando ele requeria; e então, como ele era um grande conquistador e prosperou em suas guerras, os Cários eram, nos seus dias, de longe os mais famosos de todas as nações da terra. Também foram os inventores de três coisas as quais os gregos copiaram. Foram os primeiros a colocar cristas nos capacetes e a colocar dispositivos nos escudos, e também inventaram punhos para os escudos. Nos tempos antigos os escudos eram sem punhos, e seus usuários os manejavam pela ajuda de uma tira de couro que eles penduravam em torno do pescoço e do braço esquerdo. Muito tempo depois de Minos os Cários foram retirados das ilhas pelos Ionios e Dóricos, e então estabeleceram-se no continente. Isto é o que os cretenses contam dos Cários. Os Cários mesmo dizem algo muito diferente. Eles sustentam que eram os habitantes originais da parte do continente onde agora habitam, e nunca tiveram outro nome que este que ainda levam."(Herodotus, The History, Book I, 171, Enc. Britannica, 1952, pp. 38-39)
Essas cristas são, na realidade, uma característica da América. Era um hábito estranho ao mundo europeu, como acentuou Heródoto. Isto corrobora a afirmação das andanças desses povos pela América. Veremos novamente estas cristas na grande invasão dos Povos do Mar, um povo do qual quase nada se sabe. Varreram o Mediterrâneo e eram caracterizados pelas vestimentas maias, incluindo a crista de penas (vide 1194 a.C.).
Diodoro de Sicília (90-21 a.C.), escrevendo em 50 a.C., disse que os Cartagineses seguiram na navegação os rastos dos Cários nos mares do oeste. Os Cários usavam penas como os índios americanos. Segundo alguns historiadores foram deixando na maior parte da América seu nome, estabelecendo uma dinastia de sua raça que reinava em Quito, capital do Equador. Plutarco, em seu Tratado das manchas no orbe lunar, nos conta que, abrangendo todo o ocidente além das Colunas de Hércules, o continente em que reinava Merope foi visitado por Hércules numa expedição que fez para o oeste, e que seus companheiros ali apuraram a língua grega, que começava a adulterar-se. Segundo Heródoto, as origens gregas estariam na América. Ora, os indícios de que as culturas de Cuzco, no Peru, Yucatán, no México, San Agustín, na Colômbia, apresentam na filologia a presença dos Cários é gritante. O prefixo car aparece em numerosas culturas ameríndias. Entre os indígenas de Honduras, figura a tribo dos caras. No centro e no sul de uma vasta região contígua vivem as tribos dos caricos, carihos, caripunos, carayas, caras, carus, caris, carais, caribos, Cários, carannas, caribocas, cariocas, caratoperas, carabuscos, cauros, caricoris, cararaporis, carararis, etc.. Isto pode não significar uma prova, mas é significativo que todas as tribos em cujo nome aparece o prefixo "car" chamem os brancos europeus de "caras". Carioca, por exemplo, na língua guarani significa "terra dos homens brancos".
Sabemos que os cartagineses se instalaram na Espanha, onde Amílcar Barca estabeleceu a dinastia bárcida. Numância, a capital dos arévacos, caiu em 133 a.C. sob os romanos de Públio Cornélio Cipião, depois de oito meses de assédio. Morreram todos após o prolongado sítio? Tartéssios, cartagineses, "novos" ou antigos cários, fenícios, cananeus ou semitas não sobreviveram? E os que estavam navegando em numerosas naus cartaginesas? Foram capturados todos pelos romanos? Muitos certamente optariam por rumar para Cádiz rumo às paradisíacas ilhas além do oceano. Os fenícios eram tírios, sidônios, giblitas, cartagineses, mótios, cários, etruscos ou pelasgos, sem contar os bíblicos cananeus, edomitas, moabitas, amorreus, hititas, fariseus ou jeveus que Jeová, no Êxodo XI prometeu a Moisés expulsar. E apesar de tantas expulsões e perseguições, os fenícios conservaram o domínio do Mediterrâneo durante muitos séculos. Se Alexandre Magno os expulsou de Sidon e Tiro, eles estabeleceram-se em Túnis, na Espanha. A história nos mostra - e disso esta cronologia fornece exaustivos exemplos - que os semitas, a começar pelos hebreus, foram dos mais perseguidos e nômades povos do mundo, sempre sobrevivendo através dos séculos com uma pertinência assustadora. Sua perenidade extrapola qualquer limite físico que possa lhes ser imposto. Mesmo hoje, após os exemplos recentes de massacres de judeus, tibetanos, afegãos, curdos e palestinos o que vemos é uma continuação desta saga, cuja perseguição desmedida é proporcional à necessidade de seus perseguidores de manterem e justificarem sua própria unidade como tal. Para conseguir tal unidade, freqüentemente a receita dos conquistadores tem sido unir forças contra um inimigo comum, desviando a atenção de seus reais problemas internos. Exemplos como as Cruzadas e a II Grande Guerra já nos bastariam. Mas, infelizmente, a História não se cansa de nos mostrar sagas desse tipo.
AS MIGRAÇÕES SEMITAS
Desta época de 2000 a.C. remontam movimentos migratórios semitas e as origens da Grécia. Num relatório à Academia das Inscripções e Bellas Lettras pelo estudioso C. Renan (t.23, leitura de 9 de outubro de 1857), Renan "não admite que a Grécia tenha feito aos fenícios empréstimos para seus cultos mais antigos, particularmente aos que parecem ter raízes mais profundas no solo pelásgico. Estes mitos, diz ele, figuram em Hesíodo e Homero como velhas tradições cuja origem é desconhecida". Ora, as divindades pelásgicas, gregas e romanas tem seus nomes ou etimologias exatas na língua quíchua, donde resulta terem sido importadas da América equatorial. Tanto o novo como o antigo continente tinham construções ciclópicas, e muito semelhantes, como é o caso dos zigurates da Babilônia e as pirâmides aztecas. De ambos os lados do oceano existem tradições dos gigantes e das amazonas. As idéias mitológicas e o estudo dos astros eram idênticos na Ásia, Egito e América.

Quanto aos hebreus, muito costumes seus encontram-se nos povos americanos; as vestimentas e atributos sacerdotais desses eram idênticos aos que se vêem nos monumentos egípcios. A circuncisão fazia-se igualmente no Egito, na América e entre os hebreus; e note-se que esses últimos praticavam-na com uma pedra afiada, como os índios da América equatorial.
De todas as conjecturas acerca dos descobridores da América em época pré-colombiana, uma das mais apaixonantes tem por centro a figura enigmática de Quetzalcoatl, a Serpente Emplumada, deus do vento e da água. Segundo uma das versões da lenda, Quetzalcoatl era o príncipe tolteca de Tula, cidade situada a cerca de 65 km a norte da posterior capital asteca, Tenochtitlán (Cidade do México), e reinou no século X da Era Cristã. Isolado no seu palácio, e sem jamais se ver em um espelho, Quetzalcoatl provocou a ira contra si próprio pelo fato de oferecer borboletas em sacrifício aos deuses, poupando os seres humanos. Os feiticeiros convenceram-no a entregar-se à bebida e a seduzir uma sacerdotisa; seguidamente, deram-lhe um espelho para que observasse a sua face marcada pela corrupção ou pela idade (as opiniões divergem). Destruído o seu mistério real, Quetzalcoatl fugiu apressadamente para o litoral próximo da atual Veracruz, e fez-se ao mar prometendo regressar um dia para recuperar o seu tesouro e governar o seu povo.
Quando Hernán Cortés e seu grupo de conquistadores barbados vindos de Cuba desembarcaram nas imediações do local onde Quetzalcoatl partira, Montezuma II, chefe dos astecas, ouviu descrições dos visitantes que correspondiam à tradição tolteca: segundo a profecia, os deuses retornariam sob a forma de "homens brancos de barbas, vestidos de cores diversas e com as cabeças cobertas por objetos redondos ... montados em animais semelhantes aos veados e outros em águias que voariam como o vento." Nitidamente, o hábito não-sacrificador do deus denota a usurpação do trono por algum estrangeiro "branco". Uma das teorias mais aceitas é a de que seria um descendente Viking desgarrado das frotas que se dirigiram à Islândia e aos Estados Unidos (Vinland) por esta mesma época. Mas se olharmos a obra Comentarios Reales que Tratan de la Origen de los Incas, Garcilaso de la Vega (1540-1616 d.C.), filho de uma princesa inca, alude à tradição da chegada, muitos séculos atrás, de gigantes vindos do mar: "Um dia apareceram grandes jangadas de junco ... tripuladas por homens tão altos que uma pessoa de estatura vulgar mal lhes chegava aos joelhos. Eram no entanto muito bem proporcionados. Tinham olhos enormes, todos eles usavam barba e os cabelos caíam-lhes sobre os ombros." Resguardado o exagero da altura, a característica da raça branca típica fica clara. Para corroborar a hipótese de participação fenícia ou semítica (vide mais detalhes no ano 965 a.C.), vale mostrar a seguinte representação de uma escultura pré-colombiana. O rosto fino de oval alongado, o nariz grande e aquilino e a barba pontiaguda apresentam características mais semitas que índias. A fronte desta cabeça é cingida por uma tiara e ornamenta um incensório descoberto nas escavações de Iximché, na Guatemala:
2000-1600 a.C. - Segundo os arqueólogos, neste período ocorreu a migração do ramo ariano, os indo-arianos, para a Índia. Segundo as mesmas fontes, a ele se deve o sânscrito e uma religião calcada em sacrifícios rituais e à veneração a Agni, deus do fogo, Varuna, deus dos mares, e Yndra, deusa da chuva e do trovão.
2000-1750 a.C. - OS PATRIARCAS DE ISRAEL
Por esta época são situados os Patriarcas de Israel: Abraham, Isaac e Jacob. Existe muita discordância quanto à época em que viveram os patriarcas, mas é plausível que tenham se centrado neste período. Thare tomou seu filho, Abram (mais tarde será chamado Abraham) de Ur, na Mesopotâmia, que juntamente com a esposa Sarai migrou com o clã até o noroeste. A intenção era ir a Canaan, mas acabaram se assentando perto de Haran (Síria). Thare morreu em Haran com 205 anos de idade. Em Haran, Deus chamou a Abram, dizendo-lhe para se dirigir a um novo local que lhe seria mostrado. Abram (75), recebeu também a promessa de que seria feito de seu povo uma grande nação. Foi a primeira aliança de Deus com os hebreus. Abram, Sarai, seu sobrinho Lot e seu clã atravessaram a Síria até Canaan, chegando a Shechem, cidade costeira logo ao sul de Biblos. O trajeto de Ur a Haran e de lá a Shechem era comprovadamente uma tradicional rota comercial da época.

Em Shechem aparece o Senhor novamente a Abram, dando aquela terra a seus descendentes. Sendo Sarah estéril, Abram (86) teve o filho Ismael com a escrava de Sarai, Hagar. Depois de Ismael, o Senhor aparece novamente a Abram (99) renovando seu pacto e chamando-o, a partir daí, de Abraham, e à sua mulher de Sara (90). Deus determina que Abraham e todos os machos, à partir dos oito dias, façam a circuncisão como sinal do pacto. Diz o Senhor, então, a Abraham e Sara, que teriam um filho, o que a princípio não crêem. Um ano depois eles têm Isaac. Pela Aliança, Isaac continuaria a governar o povo. Após a morte de Sara, Abraham casou-se com Keturah e teve muitos filhos, os quais cresceram e herdaram Canaan e as terras para onde se dirigiram. Isaac sozinho herdou a Terra Prometida. Abraham morreu com 175 anos. Quando Isaac tinha 60 anos nasceram os gêmeos Esaú e Jacob. A Aliança de Deus foi renovada com Isaac e Jacob, e fez dos hebreus o povo escolhido. Jacob morrerá com 147 anos. A tradição islâmica afirma que Abraham, auxiliado por seu filho Ismael, construiu em Meca a Kaaba, centro nevrálgico de toda devoção islâmica. A árvore que deles nascerá será muito frondosa.
Como de resto todo o Pentateuco, a narração dos acontecimentos desta época ficou a cargo de Moisés. Segundo ele, Jacob, em seu leito de morte, chama a seus filhos e lhes divide o reino nas onze tribos. Suas bênçãos são destacadas para 2 filhos: Judá e José. De Judá diz:
"Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão subjugará as cervizes de teus inimigos: os filhos de teu pai te adorarão. Judá é como um cachorro de leão: subsiste, meu filho, à presa: deitaste-te para descansar como o leão, e como a leoa: quem se atreverá a despertá-lo? Não se tirará o cetro de Judá, nem general que proceda da sua cocha, menos que não venha aquele, que deve ser enviado. E ele será a expectação das gentes." (Gênesis 49:8-10)
O NAZARENO JOSÉ E O LOBO BENJAMIM
José, o penúltimo chamado, recebe uma bênção especial de Jacob; por último, Benjamim recebe a bênção. Seguindo a antiga máxima segundo a qual "os últimos serão os primeiros", José e Benjamim parecem ser os mais destacados na benção de Jacob. Todavia, ambos serão perseguidos por seus irmãos: enquanto José será vendido como escravo para o Egito, os da tribo de Benjamim serão banidos e quase aniquilados por seus irmãos no século XII a.C.. Pela distinção feita a José entendemos o porque da ênfase dada na M\pela tríplice saudação a José quando da abertura e fechamento da L\. Benjamim, veremos, é o preferido do Senhor, como nos dirá Moisés mais adiante. A ligação íntima entre José e Benjamim é muito clara: ambos são uma alusão muito forte ao culto da Mãe, referido constantemente na Bíblia como pagão.

Moisés mesmo, descendo do monte com as tábuas, encontra seu povo adorando o bezerro de ouro, símbolo da mãe. O próprio Deus repudiou tal fato, somente contornado graças à intervenção de Moisés. Este é o papel do homem: servir de intermediário entre Deus Pai e a Mãe. Mas, como veremos, é muito difícil para o homem discernir este dualismo. Na bênção de Jacob sobre José somos forçados a pensar mais profundamente na intenção do patriarca Jacob, quando diz a José (ou antes o IOSE), o representante de Jeová ou Júpiter:
"José, filho que cresce, filho que se aumenta, e formoso de aspecto: as moças andaram por cima do muro. Mas exasperaram-no e estimularam-no, e invejaram-no os que tinham dardos. O seu arco susteve-se no forte; e as prisões dos seus braços, e das suas mãos foram rotas pela mão do forte de Jacob: dali saiu ele para ser o pastor, a pedra de Israel. O Deus de teu pai será o teu Protetor; e o Todo-Poderoso te abençoará com a bênção do alto céu; com as bênçãos do abismo inferior: com as bênçãos das tetas, e da madre. As bênçãos de teu pai excederam às que ele recebeu de seus pais: e elas durarão até que venha o desejo dos outeiros eternos. Derramem-se essas bênçãos sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele, que é como um nazareno entre seus irmãos." (Gênesis, 49:25-26)
Lembramos nitidamente o papel de José como o Dumuzi de Ichtar, ou o Adônis de Vênus (vide ano 2900-2500 a.C.), e seu papel ligado simultaneamente ao Pai e à Mãe, como o judeu-egípcio que foi, o protegido de Jeová que harmoniosamente assentou-se com os "pagãos" egípcios. O Deu referido pelos hebreus representava o Pai, e a terra do Nilo representava a Mãe, a Terra, pois seu nome original era Kem, Terra Negra. Da mesma forma Benjamim - que significa o adorado, o amado de Deus - é referido por Jacob como um lobo arrebatador, numa clara alusão à mãe, tal qual a loba romana que, com suas tetas, alimentará os fundadores de Roma séculos mais tarde:
"Benjamim será como um lobo arrebatador; ele pela manhã devorará a presa, e à tarde repartirá os despojos." (Gênesis 49:27)
Muito tempo de passará antes que os hebreus entendam isso. Se a Rômulo e Remo coube a dádiva de Roma, a Benjamim coube a cidade de Jerusalém, conhecida por JEBUS, centro do reino judeu. Séculos mais tarde, a vinda do nazareno Jesus (ou antes o IESO ou IESU) trazendo a Lei do Amor venusino, herdará, como verdadeiro rei, a cidade benjamita de JEBUS. Jesus foi filho de outro José, homônimo do filho nazareno de Jacob. Como veremos adiante, o título de nazareno nada tem a ver com a cidade de Nazareth.
Esta bênção de Deus é reforçada por Moisés pouco antes de sua morte. Novamente se verá as bênçãos do Senhor sobre as tribos, e Benjamim e José novamente são abençoados um após o outro, desta vez com Benjamim primeiro e José após:
"Disse também a Benjamim: O muito amado do Senhor habitará nele confiadamente: morará como em tálamo nupcial todo o dia, e descansará entre seus braços. Disse também a José: A tua terra será cheia das bênçãos do Senhor, dos frutos do céu e do orvalho, e do abismo que está debaixo; dos frutos produzidos por virtude do Sol e da Lua; dos frutos que crescem sobre os montes antigos e sobre os outeiros eternos; e dos frutos da terra e de toda sua abundância. A bênção daquele que apareceu na sarça venha sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do Nazareno entre seus irmãos. A sua formosura é como a do primogênito do touro; os seus cornos são como os cornos do rinoceronte; com eles levantará ao ar todas as gentes até as extremidades da terra; tais são as tropas inumeráveis de Efraim; e tais são os milhares de Manassés." (Deuteronômio 33:12-17)
Novamente nos reportamos à saga de Ichtar e Dumuzi e às alusões à mãe (o touro) e ao pai, ou seja, à Lua e ao Sol. E desta vez temos sobre os de Benjamim o destaque especial de escolhidos do Senhor. Antes disso, entretanto, as onze tribos destruirão a tribo de Benjamim, e chorarão amargamente...
1930 a.C. - Creta: são construídos os primeiros palácios graças ao desenvolvimento da cultura Minóica e ao contato com o Egito e os povos do Levante (Síria, Fenícia, Canaan). O comércio minóico chega à costa da Sicília, Chipre, Anatólia Ocidental, Levante e Egito.
1899 a.C. - Possível época do rei Midas, da Phrygia. Ele viveu 400 anos antes do Dilúvio de Deucalião. Como vimos em 9500 a.C., Sileno ensinou a Midas, rei da Phrygia, a existência de um verdadeiro e único continente, de imensa extensão e habitado pelos Merópios, ao qual Theopompo chamou Merópis.
1850-1250 a.C. - Período de florescimento de Tróia VI, aquela relatada por Homero na Ilíada. A importância de Tróia VI é comparável à de Micenas e Tirinto. O governante de Micenas - Agamemnon - chefiou os gregos numa guerra contra os troianos. Na cidade alta viviam os aristocratas e o rei. Desde 1988 foram descobertos novos locais em Tróia que permitiram reconhecer na cidade uma importância estratégica primordial na região nesta época. As escavações, realizadas por Manfred Korfmann, levaram ao conhecimento de uma Tróia tão grandiosa que impérios contemporâneos como os gregos e os hititas não puderam suplantar para obter o domínio do estreito de Dardanelos, "e com ele a passagem do âmbar, que descia pelos rios russos até o Mediterrâneo, e do estanho, indispensável para a produção do bronze", segundo Eberhard Zangger, especialista em cultura clássica e um dos decifradores da correspondência hitita. (Revista TERRA, maio/96, Ed. Azul, p. 27) Um fosso que parecia não passar de 20 mil metros quadrados revelou-se uma cidade com mais de 300 mil metros quadrados de superfície, a sudoeste de Hisarlik. A descoberta foi feita com a ajuda de um magnetômetro de césio, um instrumento utilizado para detectar construções soterradas. As indicações remontam o núcleo ao ano 3000 a.C.
O Egito Antigo
As origens da civilização egípcia datam de 4.000 anos a.C. A população começou a se concentrar no vale do rio Nilo, formando as primeiras aldeias (nomos), que mais tarde evoluíram para prósperas cidades agrícolas e depois se uniram formando o Alto Egito (ao sul) e o Baixo Egito (ao norte). O Egito sempre dependeu do Nilo para sua formação e seu desenvolvimento. Seus habitantes travavam uma luta constante para controlar as inundações periódicas desse rio, graças ao qual obtinham também grandes colheitas. Por volta de 3200 a.C., o rei Menés (ou Narmer), do Alto Egito, conquistou as cidades do Baixo Egito, unificando todo o império. Floresceu então a cultura egípcia, que deixou como legado grandes invenções, como a moeda, o calendário agrícola, o arado, a escrita hieroglífica e a fabricação do papiro. Seu esplendor manifestou-se em gigantescos templos e pirâmides e revelou-se na filosofia, na arte e nas ciências.
O Rio Nilo
O Egito da Antigüidade dividia-se em duas terras: o Alto Egito, que corresponde ao sul do país, e Baixo Egito, a região do Delta do Nilo. Em cada porção o povo vivia de um modo distinto, até porque o clima entre norte e sul era diferente. Portanto, o tipo de produtos cultivados também diferia.
Ao logo da história egípcia, porém, o povo sempre falou a mesma língua, compar- tilhou uma mesma visão do mundo, uma mesma estrutura institucional, entre outras coisas. Eles cultivavam a idéia de superioridade perante outros povos e lutavam para manter seus costumes e valores.
A melhor explicação para a importância do rio Nilo para os egípcios está escrita no hino, desenvolvido por eles ainda na Antigüidade e também na célebre frase do filósofo e historiador grego Heródoto:
"Salve, ó Nilo! Ó tu que manifestaste sobre esta terra e vens em paz para dar vida ao Egito. Regas a terra em toda a parte, deus dos grãos, senhor dos peixes, criador do trigo, produtor da cevada... Ele traz as provisões deliciosas, cria todas as coisas boas, é o senhor das nutrições agradáveis e escolhidas. Ele produz a forragem para os animais, provê os sacrifícios para todos os deuses. Ele se apodera de dois países e os celeiros se enchem, os entrepostos regurgitam, os bens dos pobres se multiplicam; torna feliz cada um conforme seu desejo... Não se esculpem pedras nem estátuas em tua honra, nem se conhece o lugar onde ele está. Entretanto, governas como um rei cujos decretos estão estabelecidos pela terra inteira, por quem são bebidas as lágrimas de todos os olhos e que é pródigo de tuas bondades."
"O Egito é uma dádiva do Nilo."
Em síntese, pode-se dizer que a vida só se tornou possível nas terras do Egito por causa do grande rio Nilo. Anualmente, de junho a novembro, chovia nas nascentes deste, o que provocava inundações e o aumento do nível da água. Neste período as cheias arrastavam tudo que estivesse às margens e, consequentemente, impedia a agricultura.
No entanto, quando as águas voltavam ao nível normal, uma grossa camada de limo fertilizante (húmus) era deixada sobre a terra, propiciando o cultivo de todos os tipos de cereais, frutas e outras culturas. Desse modo, povos que antes foram nômades logo se fixaram no vale do Nilo, originando a próspera civilização egípcia
O Templo
Era uma construção monumental destinada ao culto dos deuses. Ali também prestavam-se homenagens aos faraós, destacando seu poder sobrenatural. Seu intuito era impressionar o povo e, assim, dominá-lo. Com suas muralhas, o templo separava o mundo celestial do mundo terreno, convertendo o faraó em intermediário entre o povo e os deuses. No templo, os valores religiosos e os administrativos eram unidos. Com o tempo, os sacerdotes adquiriram um grande destaque econômico e político.
Elementos Arquitetônicos
Nos templos egípcios havia um esquema básico sempre repetido: uma avenida externa de esfinges conduzia à porta principal. Depois desta, havia um grande pátio que dava acesso à sala hipostila. Vinha, então, a sala dos sacerdotes. Atrás de um segundo pátio localizava-se o santuário, onde ficava a imagem da divindade. A essa sala só tinham acesso o faraó e o sumo sacerdote. Uma muralha rodeava todo o conjunto, isolando-o do exterior.
Atividades
No templo, o faraó e os sacerdotes rendiam culto aos deuses. Para cuidar dos deuses, os sacerdotes varriam e lavavam o santuário. A imagem da divindade era retirada e a ela se ofereciam comida e roupas; depois disso, era recolocada no lugar. Além disso, o templo era uma grande unidade econômica: controlava a atividade econômica da cidade, mobilizando grande número de funcionários e outros trabalhadores. Em seu interior, havia escolas, oficinas e armazéns.
A Mumificação
A preocupação com a vida após a morte constitui característica essencial da cultura egípcia antiga, e refletiu-se na adoção de práticas funerárias bastante incomuns, como a mumificação - tida como a garantia da existência eterna. Conforme demonstram claramente muitos registros, os antigos egípcios sabiam que o corpo físico jamais iria renascer. Mas as partes etéreas que formavam um ser humano, como o Ká - comumente traduzido por “espírito” - precisavam se identificar por completo com o corpo ao qual pertenciam. Logo, este deveria ser preservado. A destruição do corpo acarretava a destruição das partes espirituais e, consequentemente, a perda da vida eterna. O costume foi relacionado ao culto do deus Osíris, a divindade mais popular nos tempos faraônicos, senhor do além-túmulo.
As múmias mais antigas datam do Período Pré-Dinastico, anterior a 3000 a.C.: tratam-se na verdade de corpos preservados naturalmente na areia quente e seca do deserto onde eram sepultados. A idéia de se conservar os corpos dos mortos passou a fazer parte das crenças religiosas, e então, já nas primeiras dinastias (2920-2649 a.C.) buscava-se um método artificial de preservação, porém ainda ineficaz. No Antigo Reino (2649-2152 a.C.) e no Médio Reino (2040-1783 a.C.) aprimoraram-se as técnicas. O processo mais avançado, resultando em melhor preservação, foi atingido no final do Novo Reino (1550-1070 a.C.) e durante a 21ª dinastia (1070-945 a.C.; início do chamado Terceiro Período Intermediário). A partir daí as técnicas se tornaram cada vez mais obsoletas, e no século II d.C. - já no período romano - a mumificação, embora ainda praticada, estava longe de apresentar os resultados de outrora. Nesse tempo o costume já começava a ser abandonado dado ao alastramento do Cristianismo - religião com propostas totalmente diferentes em relação à vida após a morte. Inicialmente a preservação era realizada apenas nos corpos de membros da realeza e classes mais elevadas, mas com o transcorrer da história egípcia a prática tornou-se muito mais popularizada. De qualquer forma, o processo exigia certos recursos que o limitavam aos mais abastados.
Embora a prática da mumificação fosse amplamente difundida, os antigos egípcios não deixaram relatos concretos sobre ela. Não foi encontrado até hoje nenhum papiro que trouxesse orientações sobre as várias etapas do processo - para muitos egiptólogos é improvável que algum seja encontrado, ou que tenha sequer existido. Os registros iconográficos também pouco revelam: cenas em algumas tumbas tratam somente dos enfaixamentos finais do corpo, tema de que também trata um texto conhecido por “Ritual do Embalsamamento”. Isso leva a crer que os egípcios consideravam-na muito sagrada para ser documentada - seja em escritos ou em representações. O conhecimento do processo era passado em vias de tradição oral. Existe, porém, o relato de Heródoto, viajante grego que esteve no Egito no ano 450 a.C. e descreveu como era feita a mumificação no Livro II de sua obra História. Na verdade Heródoto relatou o que sacerdotes lhe informaram, não tendo efetivamente testemunhado o que escreveu. Embora a prática já estivesse em decadência naquela época e alguns detalhes apresentarem-se errôneos ou incompletos, sua descrição tem sido uma das maiores fontes para o estudo da mumificação egípcia antiga.
Podemos considerar os embalsamadores, ou mumificadores, como sacerdotes-médicos. Além de detentores de amplos conhecimentos de anatomia, executavam também as cerimônias ritualísticas que deveriam acompanhar o tratamento do corpo, garantindo-lhe uma proteção espiritual. Essas cerimônias aconteciam em cada estágio do processo de mumificação. O principal sacerdote que dirigia os trabalhos de mumificação era chamado de hery-seshta, “chefe dos segredos”, e representava Anúbis, o deus-chacal da mumificação. Poderia usar uma máscara na forma da cabeça do referido animal, para assim salientar sua identificação com a divindade. Não devemos esquecer que, segundo as lendas, Anúbis mumificara o corpo de Osíris, fazendo-o ressurgir da morte. Sendo assim, a pessoa que ficasse sobre “os cuidados das mãos de Anúbis” receberia os mesmos cuidados que teriam sido dispensados a Osíris - por extensão, garantiria sua ressurreição.
O primeiro estágio da mumificação era realizado no ibu-en-wab, “tenda da purificação”. Depois o corpo era levado ao wabet, “casa da purificação”, também chamado de per-nefer, “casa da regeneração” - um recinto cercado, dentro do qual erguia-se uma tenda ou barraca, onde o corpo era deitado num suporte de madeira. Tanto o ibu-en-wab quanto o wabet eram estruturas móveis, facilmente montadas e desmontadas, feitas de madeira. Em geral eram fixadas no lado oeste do Nilo, onde se situavam a maioria das necrópoles nos tempos faraônicos. Parte do trabalho era feito ao ar livre, dado aos odores provenientes dos corpos em tratamento.
Processo demorado, durando cerca de 2 meses e meio, a mumificação envolvia dois procedimentos básicos: 1°) evisceração, ou retirada de órgãos - cérebro pelas narinas, vísceras por um corte no abdômen; estas últimas eram em seguida depositadas em vasos, chamados pelos egiptólogos de canópicos, que ficavam sob a proteção de divindades especiais. 2°) desidratação, ou retirada da umidade do corpo - nesse sentido, cobriam o cadáver com natrão, um composto de sódio, por pelo menos 40 dias, ao final dos quais só restavam pele, ossos e carnes endurecidas. Seguia-se, durando cerca de 2 semanas, o enfaixamento com bandagens de linho, entre as quais depositavam-se jóias e amuletos de proteção.
Interessante lembrar que a palavra múmia não é egípcia. Vem do persa ou árabe mummiah, que significa betume - substância a que se atribuíam poderes curativos. A aparência escura de certos corpos embalsamados do tempo dos faraós sugestionou aos árabes a errônea concepção de que os antigos egípcios usavam betume na preservação dos cadáveres. Sendo uma substância bastante procurada devido ao seu emprego medicinal, as múmias egípcias tornaram-se na Idade Média uma fonte segura de obtenção daquele produto, movimentando um precioso comércio, envolvendo Alexandria e o Cairo aos mercadores da Europa Ocidental que vinham em busca das famosas especiarias. Isso provocou incansáveis saques aos sepulcros dos tempos faraônicos. Corpos eram retirados das antigas tumbas e divididos em pequenos pedaços, embalados para a venda como medicamento. Seja como chá ou composta em pomada, acreditava-se na época que múmia curava uma infinidade de doenças! Em egípcio antigo, a palavra que designava um corpo preservado e envolvido em bandagens era wi. A mumificação era chamada de wet - enfaixar - ou então senefer - revigorar - termo esse que deixa claro um dos propósitos da prática.
Apesar dessa preocupação evidente com a preservação dos corpos, os antigos egípcios, ao contrário do que comumente se pensa, jamais foram obcecados pela idéia da morte e do além-túmulo. Amavam a vida terrena acima de tudo, e achavam que nada valia em troca dela. A morte era vista como uma passagem para a outra vida, onde se levaria uma existência semelhante à da terra. Era para esta nova existência que deveria ser feita uma cuidadosa preparação - incluindo a mumificação - o que permitiria à alma um desfrute pleno e eterno da felicidade que lhe aguardava no além.
A Sociedade Egípcia
No Egito, a sociedade se dividia em algumas camadas, cada uma com suas funções bem definidas. Nessa sociedade, a mulher tinha grande prestígio e autoridade.
O Faraó
No topo da pirâmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porque ele era visto como pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio deus. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus. O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário do país inteiro. Os campos, os desertos, as minas, os rios, os canais, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais - tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía encargos para centenas de funcionários que o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança de sua felicidade.
Os Sacerdotes
Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também sábios do Egito, guardadores dos segredos das ciências e dos mistérios religiosos relacinados com seus inúmeros deuses.
A Nobreza
A nobreza era formada por parentes do faraó, altos funcionários e ricos senhores de terras.
Os Escribas
Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida do Egito.
Os Artesãos e Comerciantes
Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Faziam belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias. Trabalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia, etc. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.
Os Camponeses
Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas as terras eram do governo. As cheias do Nilo, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita, armazenamento dos grãos obrigavam os camponeses a trabalhos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente era feitouma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses prestavam serviços também nas terras dos nobres e nos templos. O Egito era essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebanhos. À custa da pobreza dos camponeses eram cultivados cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Faziam pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em abundância.
Os Escravos
Os escravos eram, na maioria, capturados entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplo.
CENA DE CIRCUNCISÃO DA TUMBA DE ANKH-MAHOR
VI DINASTIA (2323-2150 a.C.)

Art Publishers Lehnert & Landrock - Kurt & Edouard Lambelet, Cairo, Egypt)
De todas as conjecturas acerca dos descobridores da América em época pré-colombiana, uma das mais apaixonantes tem por centro a figura enigmática de Quetzalcoatl, a Serpente Emplumada, deus do vento e da água. Segundo uma das versões da lenda, Quetzalcoatl era o príncipe tolteca de Tula, cidade situada a cerca de 65 km a norte da posterior capital asteca, Tenochtitlán (Cidade do México), e reinou no século X da Era Cristã. Isolado no seu palácio, e sem jamais se ver em um espelho, Quetzalcoatl provocou a ira contra si próprio pelo fato de oferecer borboletas em sacrifício aos deuses, poupando os seres humanos. Os feiticeiros convenceram-no a entregar-se à bebida e a seduzir uma sacerdotisa; seguidamente, deram-lhe um espelho para que observasse a sua face marcada pela corrupção ou pela idade (as opiniões divergem). Destruído o seu mistério real, Quetzalcoatl fugiu apressadamente para o litoral próximo da atual Veracruz, e fez-se ao mar prometendo regressar um dia para recuperar o seu tesouro e governar o seu povo.

Quando Hernán Cortés e seu grupo de conquistadores barbados vindos de Cuba desembarcaram nas imediações do local onde Quetzalcoatl partira, Montezuma II, chefe dos astecas, ouviu descrições dos visitantes que correspondiam à tradição tolteca: segundo a profecia, os deuses retornariam sob a forma de "homens brancos de barbas, vestidos de cores diversas e com as cabeças cobertas por objetos redondos ... montados em animais semelhantes aos veados e outros em águias que voariam como o vento." Nitidamente, o hábito não-sacrificador do deus denota a usurpação do trono por algum estrangeiro "branco". Uma das teorias mais aceitas é a de que seria um descendente Viking desgarrado das frotas que se dirigiram à Islândia e aos Estados Unidos (Vinland) por esta mesma época. Mas se olharmos a obra Comentarios Reales que Tratan de la Origen de los Incas, Garcilaso de la Vega (1540-1616 d.C.), filho de uma princesa inca, alude à tradição da chegada, muitos séculos atrás, de gigantes vindos do mar: "Um dia apareceram grandes jangadas de junco ... tripuladas por homens tão altos que uma pessoa de estatura vulgar mal lhes chegava aos joelhos. Eram no entanto muito bem proporcionados. Tinham olhos enormes, todos eles usavam barba e os cabelos caíam-lhes sobre os ombros." Resguardado o exagero da altura, a característica da raça branca típica fica clara. Para corroborar a hipótese de participação fenícia ou semítica (vide mais detalhes no ano 965 a.C.), vale mostrar a seguinte representação de uma escultura pré-colombiana. O rosto fino de oval alongado, o nariz grande e aquilino e a barba pontiaguda apresentam características mais semitas que índias. A fronte desta cabeça é cingida por uma tiara e ornamenta um incensório descoberto nas escavações de Iximché, na Guatemala:
ROSTO FENÍCIO PRÉ-COLOMBIANO
2000-1600 a.C. - Segundo os arqueólogos, neste período ocorreu a migração do ramo ariano, os indo-arianos, para a Índia. Segundo as mesmas fontes, a ele se deve o sânscrito e uma religião calcada em sacrifícios rituais e à veneração a Agni, deus do fogo, Varuna, deus dos mares, e Yndra, deusa da chuva e do trovão.

2000-1750 a.C. - OS PATRIARCAS DE ISRAEL
Por esta época são situados os Patriarcas de Israel: Abraham, Isaac e Jacob. Existe muita discordância quanto à época em que viveram os patriarcas, mas é plausível que tenham se centrado neste período. Thare tomou seu filho, Abram (mais tarde será chamado Abraham) de Ur, na Mesopotâmia, que juntamente com a esposa Sarai migrou com o clã até o noroeste. A intenção era ir a Canaan, mas acabaram se assentando perto de Haran (Síria). Thare morreu em Haran com 205 anos de idade. Em Haran, Deus chamou a Abram, dizendo-lhe para se dirigir a um novo local que lhe seria mostrado. Abram (75), recebeu também a promessa de que seria feito de seu povo uma grande nação. Foi a primeira aliança de Deus com os hebreus. Abram, Sarai, seu sobrinho Lot e seu clã atravessaram a Síria até Canaan, chegando a Shechem, cidade costeira logo ao sul de Biblos. O trajeto de Ur a Haran e de lá a Shechem era comprovadamente uma tradicional rota comercial da época.

Em Shechem aparece o Senhor novamente a Abram, dando aquela terra a seus descendentes. Sendo Sarah estéril, Abram (86) teve o filho Ismael com a escrava de Sarai, Hagar. Depois de Ismael, o Senhor aparece novamente a Abram (99) renovando seu pacto e chamando-o, a partir daí, de Abraham, e à sua mulher de Sara (90). Deus determina que Abraham e todos os machos, à partir dos oito dias, façam a circuncisão como sinal do pacto. Diz o Senhor, então, a Abraham e Sara, que teriam um filho, o que a princípio não crêem. Um ano depois eles têm Isaac. Pela Aliança, Isaac continuaria a governar o povo. Após a morte de Sara, Abraham casou-se com Keturah e teve muitos filhos, os quais cresceram e herdaram Canaan e as terras para onde se dirigiram. Isaac sozinho herdou a Terra Prometida. Abraham morreu com 175 anos. Quando Isaac tinha 60 anos nasceram os gêmeos Esaú e Jacob. A Aliança de Deus foi renovada com Isaac e Jacob, e fez dos hebreus o povo escolhido. Jacob morrerá com 147 anos. A tradição islâmica afirma que Abraham, auxiliado por seu filho Ismael, construiu em Meca a Kaaba, centro nevrálgico de toda devoção islâmica. A árvore que deles nascerá será muito frondosa. Alguns dos principais participantes desta genealogia são:

GENEALOGIA HEBRAICA



Como de resto todo o Pentateuco, a narração dos acontecimentos desta época ficou a cargo de Moisés. Segundo ele, Jacob, em seu leito de morte, chama a seus filhos e lhes divide o reino nas onze tribos. Suas bênçãos são destacadas para 2 filhos: Judá e José. De Judá diz:
"Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão subjugará as cervizes de teus inimigos: os filhos de teu pai te adorarão. Judá é como um cachorro de leão: subsiste, meu filho, à presa: deitaste-te para descansar como o leão, e como a leoa: quem se atreverá a despertá-lo? Não se tirará o cetro de Judá, nem general que proceda da sua cocha, menos que não venha aquele, que deve ser enviado. E ele será a expectação das gentes." (Gênesis 49:8-10)
O NAZARENO JOSÉ E O LOBO BENJAMIM
José, o penúltimo chamado, recebe uma bênção especial de Jacob; por último, Benjamim recebe a bênção. Seguindo a antiga máxima segundo a qual "os últimos serão os primeiros", José e Benjamim parecem ser os mais destacados na benção de Jacob. Todavia, ambos serão perseguidos por seus irmãos: enquanto José será vendido como escravo para o Egito, os da tribo de Benjamim serão banidos e quase aniquilados por seus irmãos no século XII a.C.. Pela distinção feita a José entendemos o porque da ênfase dada na M\pela tríplice saudação a José quando da abertura e fechamento da L\. Benjamim, veremos, é o preferido do Senhor, como nos dirá Moisés mais adiante. A ligação íntima entre José e Benjamim é muito clara: ambos são uma alusão muito forte ao culto da Mãe, referido constantemente na Bíblia como pagão.

Moisés mesmo, descendo do monte com as tábuas, encontra seu povo adorando o bezerro de ouro, símbolo da mãe. O próprio Deus repudiou tal fato, somente contornado graças à intervenção de Moisés. Este é o papel do homem: servir de intermediário entre Deus Pai e a Mãe. Mas, como veremos, é muito difícil para o homem discernir este dualismo. Na bênção de Jacob sobre José somos forçados a pensar mais profundamente na intenção do patriarca Jacob, quando diz a José (ou antes o IOSE), o representante de Jeová ou Júpiter:
"José, filho que cresce, filho que se aumenta, e formoso de aspecto: as moças andaram por cima do muro. Mas exasperaram-no e estimularam-no, e invejaram-no os que tinham dardos. O seu arco susteve-se no forte; e as prisões dos seus braços, e das suas mãos foram rotas pela mão do forte de Jacob: dali saiu ele para ser o pastor, a pedra de Israel. O Deus de teu pai será o teu Protetor; e o Todo-Poderoso te abençoará com a bênção do alto céu; com as bênçãos do abismo inferior: com as bênçãos das tetas, e da madre. As bênçãos de teu pai excederam às que ele recebeu de seus pais: e elas durarão até que venha o desejo dos outeiros eternos. Derramem-se essas bênçãos sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele, que é como um nazareno entre seus irmãos." (Gênesis, 49:25-26)
Lembramos nitidamente o papel de José como o Dumuzi de Ichtar, ou o Adônis de Vênus (vide ano 2900-2500 a.C.), e seu papel ligado simultaneamente ao Pai e à Mãe, como o judeu-egípcio que foi, o protegido de Jeová que harmoniosamente assentou-se com os "pagãos" egípcios. O Deu referido pelos hebreus representava o Pai, e a terra do Nilo representava a Mãe, a Terra, pois seu nome original era Kem, Terra Negra. Da mesma forma Benjamim - que significa o adorado, o amado de Deus - é referido por Jacob como um lobo arrebatador, numa clara alusão à mãe, tal qual a loba romana que, com suas tetas, alimentará os fundadores de Roma séculos mais tarde:
"Benjamim será como um lobo arrebatador; ele pela manhã devorará a presa, e à tarde repartirá os despojos." (Gênesis 49:27)
Muito tempo de passará antes que os hebreus entendam isso. Se a Rômulo e Remo coube a dádiva de Roma, a Benjamim coube a cidade de Jerusalém, conhecida por JEBUS, centro do reino judeu. Séculos mais tarde, a vinda do nazareno Jesus (ou antes o IESO ou IESU) trazendo a Lei do Amor venusino, herdará, como verdadeiro rei, a cidade benjamita de JEBUS. Jesus foi filho de outro José, homônimo do filho nazareno de Jacob. Como veremos adiante, o título de nazareno nada tem a ver com a cidade de Nazareth.
Esta bênção de Deus é reforçada por Moisés pouco antes de sua morte. Novamente se verá as bênçãos do Senhor sobre as tribos, e Benjamim e José novamente são abençoados um após o outro, desta vez com Benjamim primeiro e José após:
"Disse também a Benjamim: O muito amado do Senhor habitará nele confiadamente: morará como em tálamo nupcial todo o dia, e descansará entre seus braços. Disse também a José: A tua terra será cheia das bênçãos do Senhor, dos frutos do céu e do orvalho, e do abismo que está debaixo; dos frutos produzidos por virtude do Sol e da Lua; dos frutos que crescem sobre os montes antigos e sobre os outeiros eternos; e dos frutos da terra e de toda sua abundância. A bênção daquele que apareceu na sarça venha sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do Nazareno entre seus irmãos. A sua formosura é como a do primogênito do touro; os seus cornos são como os cornos do rinoceronte; com eles levantará ao ar todas as gentes até as extremidades da terra; tais são as tropas inumeráveis de Efraim; e tais são os milhares de Manassés." (Deuteronômio 33:12-17)
Novamente nos reportamos à saga de Ichtar e Dumuzi e às alusões à mãe (o touro) e ao pai, ou seja, à Lua e ao Sol. E desta vez temos sobre os de Benjamim o destaque especial de escolhidos do Senhor. Antes disso, entretanto, as onze tribos destruirão a tribo de Benjamim, e chorarão amargamente...
1930 a.C. - Creta: são construídos os primeiros palácios graças ao desenvolvimento da cultura Minóica e ao contato com o Egito e os povos do Levante (Síria, Fenícia, Canaan). O comércio minóico chega à costa da Sicília, Chipre, Anatólia Ocidental, Levante e Egito.
1899 a.C. - Possível época do rei Midas, da Phrygia. Ele viveu 400 anos antes do Dilúvio de Deucalião. Como vimos em 9500 a.C., Sileno ensinou a Midas, rei da Phrygia, a existência de um verdadeiro e único continente, de imensa extensão e habitado pelos Merópios, ao qual Theopompo chamou Merópis.
1850-1250 a.C. - Período de florescimento de Tróia VI, aquela relatada por Homero na Ilíada. A importância de Tróia VI é comparável à de Micenas e Tirinto. O governante de Micenas - Agamemnon - chefiou os gregos numa guerra contra os troianos. Na cidade alta viviam os aristocratas e o rei. Desde 1988 foram descobertos novos locais em Tróia que permitiram reconhecer na cidade uma importância estratégica primordial na região nesta época. As escavações, realizadas por Manfred Korfmann, levaram ao conhecimento de uma Tróia tão grandiosa que impérios contemporâneos como os gregos e os hititas não puderam suplantar para obter o domínio do estreito de Dardanelos, "e com ele a passagem do âmbar, que descia pelos rios russos até o Mediterrâneo, e do estanho, indispensável para a produção do bronze", segundo Eberhard Zangger, especialista em cultura clássica e um dos decifradores da correspondência hitita. (Revista TERRA, maio/96, Ed. Azul, p. 27) Um fosso que parecia não passar de 20 mil metros quadrados revelou-se uma cidade com mais de 300 mil metros quadrados de superfície, a sudoeste de Hisarlik. A descoberta foi feita com a ajuda de um magnetômetro de césio, um instrumento utilizado para detectar construções soterradas. As indicações remontam o núcleo ao ano 3000 a.C..
                          





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